A demanda global de petróleo para 2021 foi revisada, ligeiramente, para ficar em 5,6 milhões de barris/dia (mb/d), quando em 2020 diminui em 9,6 mb/a, afirmou nesta quarta-feira, o secretário-geral da OPEP, Mohammad Sanusi Barkindo.
A revisão foi feita com base nas expectativas do crescimento econômico global de 2021, que são agora maiores, 5,1% , em comparação com 4,8% das projecção da última reunião da OPEP - Organização dos Países Exportadores de Petróleo.
Mohammad Sanusi Barkindo falava na 28ª Reunião do Comité Conjunto de Monitoramento Ministerial (JMMC), em que Angola se fez representar pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.
“O referido ímpeto positivo é impulsionado pelas medidas de estímulo adicionais dos EUA e por uma aceleração contínua na recuperação das economias asiáticas, apesar de uma estagnação temporária da recuperação na Índia, recentemente”, considerou.
No entanto, advertiu o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, não se deve cheirar as flores ainda, e essa previsão pode ser revisada.
Segundo o responsável, há incertezas, incluindo a prevalência de variantes da Covid-19, a distribuição desigual de vacinas, mais bloqueios e terceira onda em vários países e pressões inflacionárias e respostas do Banco Bentral.
Mohammad Sanusi Barkindo (citado na página dessa organização) referiu existir ainda uma divergência contínua entre o primeiro e o segundo semestre de 2021.
O primeiro semestre, prosseguiu o líder da OPEP, foi novamente ajustado para baixo, devido principalmente a medidas estendidas e novos bloqueios em muitas partes importantes da Europa.
Em contraste, as perspectivas de demanda de petróleo para o segundo semestre permanecem relativamente estáveis, refletindo as expectativas de uma recuperação econômica mais forte e o impacto positivo das implementações de vacinação.
Acrescentou que, do lado da oferta , os líquidos não pertencentes à OPEP para 2021 devem crescer quase 1 milhão de barris/dia, em comparação com as expectativas de 0,7 mb/d, de acordo com a última reunião.
Também é interessante notar que a previsão de oferta de líquidos nos Estados Unidos da América (EUA) permanece inalterada, com crescimento de 0,16 mb/d, em 2021 .
Do ponto de vista dos estoques, os dados preliminares de Fevereiro de 2021 mostram uma redução adicional de cerca de 45 MB nos comerciais da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), após uma queda de cerca de 14 MB em Janeiro.
O nível de Fevereiro é 95 MB superior ao mesmo período do ano anterior, e 58 MB acima da média para o período de 2015-2019.
O SG da OPEP observou que a redução dos estoques de Fevereiro é atribuída principalmente a produtos, especialmente no mercado dos EUA, uma vez que os estoques de produtos caíram acentuadamente devido as baixas operações nas refinárias como resultado do inverno rigoroso.
O realinhamento de estoque, acrescentou o número 1 dessa organização mundial, também foi impulsionado pela "excelente conformidade com os ajustes de produção dos participantes da Declaração de Cooperação (DoC).
Reconheceu, entretanto, o" grande e generoso" compromisso adicional de 1 mb/d para Fevereiro, Março e Abril do Reino da Arábia Saudita.
Duarante a sua intervenção na referida reunião, fez saber que a orientação e o conselho deste JMMC, habilmente apoiado pelo Grupo Técnico Conjunto (JTC) e pelo Secretariado da OPEP, continuam a ser vitais para o processo de tomada de decisão do DoC.
“É nossa tarefa, hoje, revisar a situação actual e fornecer feedback para a Reunião Ministerial da OPEP e não-OPEP de amanhã, enquanto navegamos no curso para o restante do segundo trimestre de 2021 e além, concluiu.
Angola está actualmente na presidência rotativa da OPEP, e representada na 28ª Reunião do Comité Conjunto de Monitoramento Ministerial da organização e parceiros Não OPEP, pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.
Fonte: Angop